Escadaria central do edifício histórico, e projetor cinematográfico da década de 1950, movido a carvão. O Palácio da Liberdade, projetado pelo engenheiro Ernesto Guaita no final do século 19 para residência de Leopoldo Weiss, é sede do Museu da Imagem e do Som desde 1989, e Patrimônio Histórico e Cultural tombado pelo Estado do Paraná desde 1977.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) recebeu a turma do 5º ano da Escola Terra Firme. A visita foi organizada pela professora Fran Napoleão e contou com a presença da professora de Artes e coordenadora do Ensino Fundamental I, Kelly Cordeiro Munhoz Joaquim. O objetivo foi ilustrar o estudo acerca da comunicação, seus meios e recursos, no projeto “Eu no mundo”.
Indagações surgidas durante as aulas geraram a curiosidade e o interesse de conhecer mais sobre a evolução tecnológica dos meios de comunicação. “O projeto nos levou a reflexões acerca de como nos comunicamos e a visita nos trouxe um pouco de história. Percebemos que a comunicação percorreu diversos caminhos, desde a arte rupestre, com os registros de memória, a escrita, a internet”, explica Fran.
Os alunos foram recepcionados pela pela diretora do museu, Mirele Camargo, e pela coordenadora do setor educativo, Vânia Machado, que apresentou vídeos sobre a história da fotografia e guiou as crianças na visita ao espaço.
Amor à história
A aluna Tarsila Rodrigues Silva Oliveira disse que gosta de objetos antigos, ouve discos de vinil e observou como eram grandes os aparelhos para tocar esses discos. Sua maior satisfação, porém, foi ver como o MIS enriqueceu o seu acervo. “Estou maravilhada. Amo história e estive neste museu quando eu era bem pequenininha. Ele tinha poucos objetos. Agora, volto e vejo tanta coisa! É muito surpreendente, muito legal!”.
Luiz Henrique de Medeiros Zanatta foi mais um aluno que ficou empolgado e explicou que sua família guarda e preserva muitos objetos antigos. Segundo ele, esse gosto “está no sangue”. “Meu avô tem um porão cheio de relíquias. Meu tataravô era professor, o que mais fazia era visitar museus, e meu pai gosta muito de música e tem vários discos que guarda a sete chaves!”.
A exposição “Fragmentos“, conta a história da companhia Teatro de Bonecos Dadá, de Adair Chevonika e Euclides Coelho de Souza.
Aprendizado contextualizado
A professora e coordenadora Kelly conta que os alunos e alunas demonstraram muito interesse em relação ao tema e a visita ao MIS foi pensada para concluir as pesquisas do projeto Eu no Mundo, cujos resultados serão apresentados na Mostra de Projetos. “Esse conteúdo foi trabalhado de forma interdisciplinar, em Artes, História e Geografia, sempre sendo contextualizado, como aqui neste museu”.
A sala anos 80 guarda mobiliário e equipamentos de audiovisual da segunda metade do século 20, como rádios, toca-discos e fitas magnéticas.
Alunas diante da fotografia “Camponês em Araucária/PR, Sr. João Pirogi”, de João Urban, na exposição “Diálogos com o Tempo“, que reúne imagens do acervo do MIS mostrando aspectos da cultura e da história do Paraná, e conta com áudio descrições na expografia.
Ao final da visita, as crianças puderam conhecer o painel de Poty Lazzarotto e grafites realizados por artistas paranaenses no pátio externo do museu.