Produtos de qualidade, sazonais, diversidade e opções alimentares compõem a mesa para o almoço na Terra Firme, momento em que as alunas e alunos têm orientação para criar hábitos alimentares saudáveis e aprendem sobre os valores nutritivos de cada alimento.

Comida saborosa e saudável, que vem direto da plantação, preparada com o máximo de produtos orgânicos, sem agrotóxicos. É com ela que a Escola Terra Firme cuida da saúde de todos que ali estudam ou trabalham e é com essa energia que põe em prática a sua proposta cotidiana de educação alimentar. A escola sabe que é fundamental criar bons hábitos nutricionais para uma formação completa, por isso orienta e incentiva as crianças e adolescentes a compor os seus pratos de forma saudável, com muita variedade de cores e diversidade de nutrientes. E para garantir a segurança alimentar e nutricional de todos, tem o máximo cuidado no cultivo, compra e preparação dos produtos que compõem o cardápio oferecido.

A nutricionista Amélia Gomes comanda as ações quando o assunto é alimentação na Terra Firme. Ela é a responsável pela qualidade dos produtos e pela orientação no preparo das refeições e diz que os produtos vêm da Chácara “Amigos da Horta” e são adquiridos observando a sazonalidade, ou seja, de acordo com a época do ano. “Isso é importante porque são produtos frescos e nutricionalmente ricos que, na sua época própria, apresentam melhor qualidade, são mais saborosos e bem mais baratos”, explica.

Prato colorido – Amélia acrescenta que o cardápio do almoço oferecido aos alunos e à toda a equipe da escola conta com uma boa variedade de nutrientes, com frutas, verduras, legumes, tubérculos e proteína animal, sempre com opções, como no caso do arroz que pode ser branco ou integral, e dos sucos de frutas. Refrigerantes e alimentos ultraprocessados estão banidos da cozinha e do refeitório e as possíveis restrições alimentares de alunos e alunas são respeitadas.

As crianças começam a montar seus pratos a partir do Jardim III e são incentivadas tornar a refeição mais nutritiva e saudável, com muitas cores. “O prato bem colorido indica que estamos nos alimentando de forma balanceada, com a variedade de nutrientes que o organismo precisa”, afirma a nutricionista. E os alunos e alunas aprendem rápido e se servem com diversidade, acrescentando de tudo um pouco e exibindo seus belos pratos, cheios de cores e sabores.

Horta própria – Alguns alimentos consumidos vêm da horta da escola e Carmynha Santos, professora das crianças do integral, além de ensinar como plantar, cultivar e colher, ainda organiza jogos como um no qual se vive a situação de um produtor que leva produtos a uma feira, do plantar ao expor para venda. Há, assim, a possibilidade de “brincar” com a matemática e a biologia, como na classificação de frutas e na quantificação de pesos e medidas. A educação alimentar é outro foco da professora, de modo que a formação de bons hábitos alimentares comece cedo e tenha eco em toda a vida.

Dedicação – Sueli Aparecido Scorso é a responsável pela cozinha. É ela que prepara os alimentos servidos e se diz muito satisfeita com essa missão. “Estou fazendo o que gosto”, fala, e se diz orgulhosa por contribuir para a boa alimentação de alunos e alunas e pelos elogios que recebe deles. Segundo ela, que trabalha há vinte anos como cozinheira e está há nove meses na Terra Firme, os produtos servidos são de primeira qualidade e as crianças “começam a refeição comendo com os olhos”. “Eles gostam muito de estrogonofe, mas também amam bife acebolado e batata feita no forno, isso sem falar que comem muitas verduras, frutas e legumes”, explica.

Juliana Lourenço ajuda Sueli no preparo de alimentos e diz que serve as crianças com muita atenção e carinho. Ela tem um filho e diz compreender bem a importância de trabalhar com amor. É ela que prepara o lanche e fala que as crianças comem com variedade, mas gostam muito do pastel feito no forno e de dois tipos de bolo: o “formigueiro” e o “mármore”, feitos na escola e com quantidades moderadas de açúcar e gorduras. Juliana é outra responsável pela educação alimentar no refeitório e parece obter sucesso nessa tarefa. “Mesmo quando as crianças dizem que não gostam e não querem comer algo, como um legume, por exemplo, a gente incentiva e elas acabam provando e gostando”, comemora.

Texto: Luiz Geremias
Fotos: Gilson Camargo

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