A turma do 7º ano da Escola Terra Firme está estudando os vírus e o assunto despertou muito interesse, principalmente, é claro, o coronavírus SARS-CoV-2a, causador da doença genericamente chamada de Covid-19, conforme definição do Ministério da Saúde. Temas, como a mutação do vírus, a produção de anticorpos e como se produz uma vacina foram tratados. Em uma das aulas, a turma contou com a participação de profissionais da área científica, que esclareceram não apenas os temas citados, mas enriqueceram a discussão, lançando bases para novas perspectivas do estudo.

Para conseguir a contribuição desses especialistas, as crianças não tiveram dificuldades. É que os pais de quatro alunos trabalham na área de pesquisas em saúde e ficaram muito felizes em participar da aula. A professora de Ciências, Carolinne Rauli, conta que a ideia de convidá-los surgiu quando foi decidido que o tema em questão seria “vacina”. “Foi aí que os alunos Iago, Marina, Newton e Esteban contaram que seus pais trabalham na área de vacinas, genética e veterinária! Perguntei se estariam disponíveis para conversar com a turma e alguns pais compartilharam algumas experiências profissionais e depoimentos sobre o tema. Conversamos sobre como é produzido uma vacina e como é um trabalho do pesquisador nesta área”.

Carolinne explica que, na aula, a turma discutiu sobre a importância dos estudos científicos e refletiu sobre o papel de cada um, como estudante, nesse contexto. “Muito bacana ver os alunos valorizarem o estudo da Ciência em um momento tão urgente e delicado quanto o desta pandemia! Acho que os alunos gostaram muito e ficaram super concentrados. Uma questão abordada foi o apoio e a valorização aos cientistas e às instituições de pesquisa”.

Link para conteúdo trabalhado na aula – arquivo Powerpoint

“Terra Firme nunca deixa a desejar”

Lupe Furtado Alle é doutora em Genética, professora e pesquisadora na UFPR. Mãe do Newton, participou do final da aula e avalia que é muito importante as crianças obterem informações acerca do processo imunológico e poderem formar uma visão crítica desde cedo. “É necessário oferecer essas informações, dar munição para as crianças poderem pensar e tomarem decisão, como diz a BNCC [Base Nacional Comum Curricular], o aprendizado empodera pelo conhecimento, a liberdade vem com o conhecimento”.

Ela enfatiza o quanto está feliz e grata à escola, que, em suas palavras, “nunca deixa a desejar”. “A Terra Firme tem conseguido fazer com que os alunos se interessem pelo conteúdo e não percam a relação afetiva, tanto com os colegas como com os professores, administração, coordenações e com a Sandra Cornelsen, sempre tão amorosa com as crianças e familiares”, diz.

Tema relevante

Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza, pai do Iago, é biólogo, doutor em Genética, leciona na UFPR e trabalha com pesquisas na área de genética humana, juntamente com a Lupe. Segundo ele, participar da aula online foi uma boa experiência. “Foi bom rever o rostinho de todo mundo da turma. Como sou professor, também estou dando aulas online, então tive que aprender a usar esses recursos e isso está sendo uma novidade e um aprendizado para todos. Não sei dizer o que os alunos acharam, mas como o tema é relevante para o momento, acho que gostaram”.

Conta que o filho sente muito a falta de estar com os amigos e de jogar bola, mas está bem organizado nos estudos e tem uma rotina. “Ele levanta sozinho, se apronta, toma café e se conecta para as aulas. De tarde, faz as tarefas. Também conversa com os amigos pelo whatsapp, e joga online com alguns deles”.

Além de Lupe e Ricardo, a médica veterinária Rebeca Weigel, mãe do Esteban, também participou da aula. O médico Alcides Augusto Souto de Oliveira, pai da Marina, não pôde estar presente, mas gravou um vídeo que foi exibido na aula seguinte para a turma e está disponível abaixo.