Dentre os inúmeros desafios de dar aula de Português, podemos citar como regras incontáveis, exceções e metodologias que qualquer documento enfrenta ao decidir ministrar esta disciplina.
Sabemos que diversos países também carregam suas regras gramaticais e estabelecem seus padrões de escrita com suas dificuldades particulares, porém, também sabemos que encarar uma aula de flexão verbal nem sempre é tão agradável, justamente por carregar uma estrutura com muitas variações e dominá-las requer um esforço e uma atenção especial dos nossos alunos.
Pensando em ecoar os conhecimentos adquiridos durante os anos anteriores, os alunos do 8 ° ano se voluntariaram para compartilhar com o 7 ° ano. Para isso, eles apresentam que montar um planejamento, colocar-se como auxiliadores e focar no objetivo da participação deles: a de ajudar uma turma a entender que, devido a pluralidade de flexões que apresentam, os verbos são uma das classes gramaticais mais complexas e abrangentes; porém, apesar das dificuldades, eles ainda apresentam que o verbo também é um dos assuntos mais interessantes da Língua Portuguesa!
Com esta experiência os alunos do oitavo ano puderam resgatar os estudos morfológicos e elaborar planejamento que beneficiário a todos. Os recursos utilizados foram:
-
- Sondagem, através de uma conversa inicial, sobre o que seria um verbo;
- Uso da lousa para explicação e exemplificação;
- “Macetes verbais” que são recursos para facilitar na hora de conjugar;
- Atividade em folha para caderno;
- Uso da gramática;
- Recurso sonoro (música de Geraldo Azevedo para introduzir o modo subjuntivo dos verbos).
Paulo Freire acreditaava que usar e aprender eram lados de uma mesma moeda e essa experiência nos isso. Desvincular os voluntários de uma superioridade na hora de dividir um conhecimento que eles já dominavam, trouxe uma leveza e possibilitou o papel de facilitadores, intermediários e, sobretudo parceiros no ato de usar.
O livro que utiliza em sala se chama “Gramática, texto, reflexão e uso” de William Cereja e Thereza Cochar, editora Atual.
O poeta Tom Jobim já cantava: “É impossível ser feliz sozinho”, nossas crianças cantaram juntas: “Se você vier pro que der e vier comigo”, Paulo Freire escreveu: “Não há docência sem discência”; ou seja, nada disso faria sentido sem uma interação, o conhecimento mútuo, dividido e repartido a cada dia, deixando nosso chão mais firme e a nossa Terra mais produtiva.
Texto: Mara Ferreira
Plano de Aula: Mara Ferreira, Matheus G., Matheus A., Isabela Caldas, Luisa Yumi, Daniela Marques e Rafael Diniz.
Fotografia: Gilson Camargo
# TerraFirme30anos