No primeiro sábado de maio a Terra Firme realizou a Confraternização das Famílias, primeiro evento presencial desde 2020. A festa teve brincadeiras no pátio, jogos na quadra, cantinho da leitura, atividades na sala de artes e a tradicional venda de lanches promovida pelos formandos do 9º ano. Tudo isso, é claro, com boa música.

A orientadora pedagógica Ana Carolina Brofman estava feliz. “Muito bom ver todo mundo. É o retorno da emoção que envolve o olhar, o toque, um dia de celebração”, definiu. Já Fabiana Cyriaco dos Santos, gerente administrativa, ressaltou que os preparativos para a confraternização envolveram a equipe pedagógica e as famílias. “Os pais estavam com muita expectativa para este retorno. Muitos, os que chegaram nos últimos dois anos, ainda não conheciam as nossas confraternizações”.

Ex-alunas presentes

A expectativa não foi só dos familiares. Gisele Vicente, mãe de Elisa, que se formou em 2021, contou que a filha acordou cedo, se preparou e ficou esperando, ansiosa, o passar do tempo. “Veio sozinha, abriu a festa”, disse. O mesmo aconteceu com Alice, filha de Karina Ernsen e minha, Luiz Geremias. Ela também concluiu o Fundamental no ano passado e, se pudesse, teria dormido na sua ex-escola de sexta para sábado. Queria chegar bem cedo e rever amigos e amigas, professores e professoras.

Momento de transição

Cristiane Sinimbu Sanchez, mãe de Ana Luiza, do 7º ano, está na Terra Firme há 6 anos e também estava empolgada com o reencontro. “Muita saudade de vir aqui. É um momento que marca a transição do que vivemos na pandemia para voltarmos a ver as pessoas, ainda com muito cuidado, mas poder de novo viver o ‘olho no olho’”.

Respeito à individualidade e confiança

Audrey Holjeson matriculou os 3 filhos, Tiffany, Adam e Melanie, na Terra Firme, neste ano. A família, que morava nos Estados Unidos, chegou ao Brasil pouco antes da pandemia e acabou ficando. Em 2020 e 2021, a opção foi o homeschooling. “Não nos sentimos confortáveis de pôr as crianças em uma escola naquele momento, pois seria um choque grande para elas, que já haviam mudado de país, vindas de outra cultura, bem no meio de uma pandemia”.

Ela contou que não estava procurando, mas uma amiga lhe falou muito bem da Terra, então resolveu vir conhecer e não se arrepende. “E aí, na hora em que eu entrei aqui, pensei: este lugar vai ajudar meus filhos nesta adaptação de cultura e pós-pandemia. Eles vieram com o ‘pé atrás’, mas logo foram se soltando, se sentiram acolhidos com a confiança que a escola passou. Estão amando. Tem sido uma experiência incrível, são outras crianças. Sou muito grata pelo respeito à individualidade e pelo acolhimento que há na Terra Firme”.

Afeto e incentivo à autonomia

Maxwill Araújo Braga, pai de Liris, do grupo III, foi outro familiar que veio pela primeira vez a uma confraternização na Terra. Comentou que a recepção da equipe pedagógica foi muito afetuosa, o que não o surpreendeu. “É uma característica da escola”, explicou. Depois de olhar em volta de si, apontou para um brinquedo do pátio, o “trepa-trepa”, no qual várias crianças brincavam, e disse ver naquela cena uma síntese do que a Terra Firme propõe a seus alunos e alunas. “O brinquedo é lúdico e colorido, como o ambiente daqui, e desafia, incentiva a desenvolver autonomia e coragem”.

Formandos comemoraram boa arrecadação para a formatura

Os formandos do 9º ano tiveram sucesso com a venda de lanches que arrecada fundos para as comemorações da formatura. Bem antes de terminar o evento, só alguns pedaços de bolo estavam no balcão. Isso aconteceu porque o empenho foi geral. Cada aluno e aluna dividiu tarefas e, já na portaria, Yasmin Cornelsen de Lima apresentava o cardápio a quem chegava.

Boa música no pátio e defesas milagrosas na quadra

A música esteve a cargo de Luciane Alves Ferreira Mendes, ou Miss Lu, professora de Inglês, com uma apresentação vocal afinadíssima e cheia de ritmo. Luiz Ivanqui, amigo da vocalista, acompanhou no violão e Fabricio Ferreira do Amaral, professor de música, tocou acordeon. Enquanto isso, na quadra, adultos, crianças e adolescentes de ambos os sexos disputavam calorosas partidas de futebol. O destaque ali foi o professor de História, Sidinei José da Silva, o Sidão, que jogou como goleiro e levou os atacantes adversários à loucura com suas defesas milagrosas.