Já é tradição os alunos, alunas, pais e mães doarem brinquedos na Escola Terra Firme nas vésperas do Dia das Crianças. Isso porque o Paulinho (Paulo Sérgio Gonçalves da Cruz), funcionário da escola, é o idealizador e o responsável por uma campanha que recolhe esses brinquedos e os distribui para crianças carentes. Este ano, a distribuição aconteceu na comunidade Santa Tereza, no bairro Borda do Campo, em São José do Pinhais.
Neste ano, foram mais de mil brinquedos, atendendo ao mesmo número de crianças. Foram junto, para fazer a distribuição, os alunos Lorenzo e Betina, respectivamente do Jardim III e do 4º ano, e seus pais, Luciana e Guilherme. Paulinho contou que a participação deles foi muito especial e que se emocionou com o Lorenzo pela sua forma de cuidar e compartilhar os brinquedos com as crianças. “Ele ensinava as crianças a importância de compartilhar, se mostrou muito amigo de todas elas, ficou evidente a importância de dividir com todos aquilo que se tem”, explica.
Ele conta que teve a ideia e conversou com a coordenação da Terra, que apoiou a iniciativa e é parceira nessa ação desde então. “A recepção da escola fica cheia de brinquedos e é tudo muito bonito, as crianças ficam felizes e nós emocionados”, diz Paulinho e explica que separa dois brinquedos por criança, para que todos possam ser contemplados.
No dia a dia da Terra, Paulinho é quem recebe os alunos e alunas na entrada da escola e monitora a saída. Há sete anos arrecada brinquedos e livros na comunidade Terra Firme e, no Dia das Crianças (12/10), os leva para crianças carentes de bairros da cidade de São José dos Pinhais, onde mora. “Gostaria de fazer um agradecimento aos pais das crianças e à direção da escola, que incentiva tudo isso e ao Sérgio Batista, dono da caminhonete. Mas, principalmente aos pais e mães. Obrigado por ter participado hoje conosco e ter visto que o nosso trabalho é sério. E gratificante também!”, afirma.
Formação completa – A Terra Firme entende que a formação de alunos e alunas se dá em um processo global, sem que seja possível dividir de forma estanque os espaços de estudo, da formação do caráter e do aprendizado do exercício da cidadania. E, para isso, são tão ou mais importantes as ações práticas que dão bons exemplos, quanto as teorias que encontramos nos livros e cartilhas. Para uma formação integral, é preciso observar que a criança, ao frequentar a escola para estudar e aprender as disciplinas curriculares, também deve encontrar ali as bases que a ajudem a formar a sua personalidade e a sua consciência cidadã.
Texto: Karina Ernsen
Fotos: Guilherme Gomide
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