O eixo “Ética, espelho coletivo” foi debatido em duas rodas de conversa na semana passada e um dos gratos resultados dos eventos foi mostrar o quanto a escola está incentivando os diálogos éticos entre equipe pedagógica, famílias e estudantes.

A Terra Firme realizou na última sexta-feira (17/11) uma roda de conversa para discutir o tema “Ética, no dia a dia”, inspirado no eixo temático das atividades pedagógicas da escola neste ano de 2017, Ética, espelho coletivo. Para isso, recebeu o Dr. Mário Sanches, pós-doutor em Bioética e diretor do Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), que palestrou sobre essa pauta que mobiliza toda a nossa sociedade, incentivando a participação e o debate entre os presentes. Foi o segundo encontro para refletir e falar sobre a temática. No dia 13, a historiadora Karine Mazarão falou sobre a questão ética nas relações humanas (link para matéria).

“A revolução ética vem da minha moral conversando com a moral dos outros. A moralidade muda com o questionamento dos outros e é preciso que abordemos o tema com equidade, convencendo por reflexões e não por imposições”, disse Mário Sanches. Segundo ele, parte do que chamamos hoje de “crise ética” é, na verdade uma crise moral, na qual as respostas não podem mais ser encontradas no que é conhecido, não estão no passado e precisam ser elaboradas, criadas. “E, nesse processo, é importante não prejulgar moralmente o outro utilizando como referência aquilo que está em nós, é preciso argumentar, depurar os argumentos, conversar, porque o caminho do julgamento moral conduz ao encaixotamento da outra pessoa nos meus condicionamentos e assim eu não a dou o direito nem de se apresentar”, explicou Sanches.

A professora Sandra Cornelsen, criadora e diretora da Terra Firme, constatou que a escola tem esses princípios desde sua criação. “As brilhantes ideias apresentadas pelo professor são discutidas cotidianamente na nossa escola. São temas de conversas frequentes entre toda a equipe pedagógica, famílias e estudantes. Isso porque promovemos um espaço para dar a todos condições de dialogar eticamente, buscando sempre o aperfeiçoamento pessoal e das relações humanas. Somente assim temos condições de cumprir a nossa missão de formar gente pensante e questionadora que pode alcançar o infinito”, disse.