Educar não é apenas ensinar o bê-á-bá, mas formar cidadãos críticos e que possam transformar o ambiente em que vivem de forma responsável. A Escola Terra Firme está mobilizada para criar um ambiente saudável e consciente para seus alunos. Para isso, estimula valores humanos, incentiva as trocas, promove o desapego a objetos e relativiza os valores que a sociedade não raro atribui àquilo que tem “marca”, etiqueta ou mesmo que custa caro. Outro fator a ser criticado no consumismo é uma espécie de “fantasia pronta” que a publicidade e a propaganda costumam promover. Para a equipe pedagógica da Terra Firme, é preciso dar espaço para que a criança desenvolva suas fantasias de forma autônoma, o mais possível livres de determinantes publicitários.

Nenhuma atividade da escola estimula o consumismo e se isso acontece é por uma opção claramente posta. A proposta é a de promover a conscientização do ato de consumo, o que exige necessariamente uma crítica à forma de vida consumista, claramente antiecológica. “A Terra Firme se preocupa com esse excesso de consumo. É uma falta de lucidez o que acontece. A escola denuncia o que esse excesso faz no mundo, tanto à sociedade quanto ao meio ambiente”, explica a fundadora e diretora da escola, Sandra Cornelsen.

Alegria sem consumismo – um bom exemplo de como isso funciona está na organização das festas escolares. A Escola Terra Firme realiza a sua festa junina, com a maciça participação dos alunos, seus pais e convidados. Há jogos, brincadeiras, danças, salgadinhos e doces típicos, num ambiente de alegria.

O “arraiá” da Terra Firme, que será realizado no dia 01 de julho, às 14h, tem o objetivo de passar o recado de que alegria e fartura, com certeza, não rimam com altos gastos e consumismo. Na festa, os doces, salgados, bebidas e brincadeiras não precisaram ser pagos. Os alunos, pais e convidados contribuem tanto com alimentos e bebidas e este ano, há uma novidade, não haverá prendas.

Proposta de conscientização – A Terra Firme também promove a Feira de Trocas na qual se exercita o sentimento de desprendimento do objeto, auxiliando na noção de atribuição de valores. E também há a Feira Nós da Terra, na qual os pais podem divulgar, uns para os outros, aquilo que produzem ou os serviços que prestam e essa é forma usada para promover a comunidade que está inserida na escola. Não é possível, porém, em nenhuma circunstância, fazer propaganda para os alunos.

Todos os projetos da escola trazem alguma proposta de conscientização e muitos deles estão ligados diretamente ao consumo consciente.