A professora de História, Karine Mazarão, esteve na segunda-feira (13/11) na Escola Terra Firme para falar sobre a ética nas relações humanas. Mães de alunos, alunas e professoras, assistiram à palestra e participaram ativamente, opinando e narrando experiências relativas ao tema abordado, que envolveu uma interessante reflexão sobre os papéis sociais relacionados às identidades.

Para Karine, tomando a ética como um instrumento de construção do caráter, é importante considerar que os papéis desempenhados por meninos e meninas são, muitas vezes, estereotipados e dizem muito pouco acerca do que sentem em relação a si próprios e às pessoas com quem convivem e se relacionam. “É muito difícil pensar as relações em um contexto ético sem levar em conta as relações de gênero e a existência de papéis predeterminados, baseados em grande parte em preconceitos, e que engessam as relações humanas”, disse.

A questão, segundo a palestrante, é empreender um trabalho sistêmico de desconstrução desses estereótipos. “O educador deve estar preparado para dialogar, mediar olhares e descobertas. Afinal, o que é ser menino? É somente não chorar ou jogar bola? E o que é ser menina? É simplesmente ser delicada? Questionar isso é um caminho para uma educação democrática e sensível às relações humanas”, explicou.

Na próxima sexta-feira (17/11), o professor Mario Sanches, pós-doutor em Bioética e diretor do Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), fala sobre a ética no dia a dia.