A Escola Terra Firme promoveu mais uma Feira das Nações, um evento cheio de cores, sabores e informações detalhadas acerca dos países não “visitados” pelas turmas durante o ano letivo e que, naquele momento, ganham merecido destaque. O mais empolgante foi ver o quanto as famílias participam junto com alunos e alunas nas pesquisas e nas apresentações, assim como na preparação das bancas em que conhecimentos acerca das nações são apresentadas com bandeiras, cartazes, curiosidades e, não raro, deliciosas comidas típicas.

Dezenas de países estavam representados e visitar a feira foi como viajar pelo mundo. Alunos e alunas apresentaram tudo o que aprenderam sobre o Canadá, Israel e Peru, mas também sobre a Áustria, os Estados Unidos, a Dinamarca e outras nações. O Uruguai contou com um recurso tecnológico especial: um óculos de realidade virtual levava a uma rápida viagem pela capital, Montevidéu. Como costuma acontecer, muitos vestiam trajes típicos e ninguém saiu do evento sem informações sobre a geografia, a história e a cultura de tantos lugares interessantes.

Bolas de Berlim – Na banca de Portugal, por exemplo, havia muitas informações fundamentais para entender o país e, para degustar, lá estavam os saborosos “bolinhos de Berlim”, também chamados de “bolas de Berlim”, que lembram muito o doce que conhecemos pelo simpático nome de “sonho”. Houve quem achou estranho um bolinho de Berlim em Portugal, mas o esclarecimento foi dado não apenas pela aluna do 2º ano K, Gabriela Turin, mas também por seu pai, Rodrigo Weinhardt, e sua mãe, Katiane Turin, todos preparadíssimos para falar do assunto. “A base da receita foi levada para Portugal por famílias alemãs que, durante a 2ª Guerra Mundial, lá buscaram refúgio”, explicou Rodrigo.

Fora os quitutes, Portugal esteve representado por alguns de seus personagens históricos, como os poetas Fernando Pessoa e Camões, a cantora de fados Amália Rodrigues e Maria de Lourdes Pintassilgo, que foi primeira-ministra de Portugal no final da década de 1970. Também foram lembrados Catarina Eufémia, uma trabalhadora que virou símbolo de luta camponesa, Saramago e o jogador de futebol Cristiano Ronaldo. Cabe citar um cartaz com as palavras usadas em Portugal para designar o que chamamos de “celular”, lá chamado “telemóvel”, o nosso “guarda-chuva”, que os portugueses chamam “chapéu de chuva”, ou o “chiclete”, que ganha o nome de “pastilha elástica”.

Depois de dar sua aula sobre tudo o que estudou, Gabriela indicou o que mais lhe encantou: as belas praias portuguesas e a culinária. Gabriela se envolveu muito com a pesquisa e, segundo o pai, todos os dias fazia uma tarefa. A mãe confirma: “Foi empolgante vê-la tão interessada. Queria deixar tudo direitinho, perfeito. Muito dedicada. Nós ajudamos, mas quem coordenou o trabalho foi ela”.

Roupas coloridas – Na banca da Tanzânia, Elisa Custódio, também do 2º K, e seus pais, Orlando e Charline, sabiam tudo sobre esse país, mas confessaram que, antes da pesquisa para a Feira das Nações, não tinham ideia nem de onde ficava. Além das informações básicas, como população, moeda, idioma e capital, havia animais de pelúcia, como o elefante, o leão e a zebra, bananas reais e uma linda maquete do monte Kilimanjaro, que fica no norte do país e é o ponto culminante da África, com direito a neve no topo. Outra referência importante da apresentação foi o Parque Nacional de Serengeti, atração turística na qual se realizam safáris guiados.

Os animais receberam atenção especial na pesquisa e Charline, a mãe de Elisa, explicou que a família aprendeu que o hipopótamo é um perigoso predador, que atravessa os rios andando debaixo d’água e é muito agressivo quando alguém invade o seu território, e que as hienas são como os lixeiros da savana, pois consomem os restos da caça de outros animais e deixam apenas os ossos. “Assistimos programas em que o assunto era tratado e aprendemos muito sobre esse país e seus animais, tão distantes de nós”.

As roupas alegres dos tanzanianos chamou a atenção de todos, principalmente de Elisa, que ficou surpresa com tantas cores nas vestimentas. A família chegou a decorar algumas frases suaíli, idioma falado na Tanzânia, e, segundo Orlando, o pai, a pesquisa envolveu toda família, incluindo os irmãos de Elisa. “É uma atividade muito interessante e produtiva, pois envolve a criança no assunto, e a Elisa pesquisou bastante. Em casa, muito se falou sobre a Tanzânia durante a pesquisa”.