Foi um dia de festa! Com muita alegria, a Escola Terra Firme comemorou, no dia 22 de setembro, os seus trinta anos de compromisso com a formação de alunos que devem ser, antes de tudo, cidadãos. Em um sábado de sol, as pessoas que conhecem e se apaixonaram pela proposta pedagógica da Terra confraternizaram com animação o aniversário. Houve brincadeiras e jogos, música ao vivo e quitutes deliciosos. Tudo isso na rua em frente à escola, com muito espaço e emoção.

Comemoração dos trinta anos teve muita emoção e orgulho pela proposta pedagógica da Terra Firme

Estiveram presentes as famílias, os alunos e alunas, professores e professoresas, bem como os funcionários e funcionárias da instituição. É a família Terra Firme, encontrado pelas pessoas que viram a escola nascer e nela até hoje trabalham para o desenvolvimento dos conhecimentos e das qualidades humanas das crianças e adolescentes que nelas confiam. Ex-alunos e ex-alunas prestigiaram o evento, além de muita gente que formou na Terra e contribuir para construir o seu presente, todos admiradores e admiradoras da pedagogia nela praticada e que fez questão de expressar o seu conteúdo. As famílias participaram com intenso contentamento dos jogos e brincadeiras diversas, e também das pinturas.

Carlito Birolli animou a festa, que contou ainda com a participação dos músicos Sergio Albach (clarinete), Claudio Menandro (violão), e Gabriela Bruel (pandeiro), tocou um repertório tradicional de choro; e do jazz fusion do Sotak, formado por Paulinho Branco (sax), Allan Giller Branco (baixo), e Ian Giller Branco (bateria). O clima estava contagiante para dançar e cantar junto e foi o que todos fizeram.

Ensinar com alegria – Fundadora e diretora da Terra Firme, professora Sandra Cornelsen não cabia em tanta satisfação satisfação. Afinal, foi dela a ideia de fincar como bases da Escola que é um exemplo de sucesso na aplicação de práticas inovadoras como a Psicomotricidade Relacional na pedagogia. Mais que isso, a Terra é hoje uma instituição pedagógica que se constitui, na maturidade de seus trinta anos, em um espaço de criação, que valoriza a arte como recurso de aprendizagem e no qual os adolescentes e crianças se desenvolvem conscientes e críticas, que têm prazer no estudar e no aprender, fruto da concepção de educação de Sandra. “Quando eu fiz esta escola eu pensava assim: é uma escola para as crianças felizes. Vai usar, mas vai usar com alegria ”, afirmou.

A fundadora da Terra fez questão de homenagear as pessoas que foram fundamentais para a escola, como suas filhas, Maria Augusta Brofman, diretora administrativa da escola, e Ana Carollina Brofman, sua sobrinha Bea (Beatriz Cornelsen Boscardin) e tanta gente que embarcou na proposta e com ela construiu a solidez de suas bases. Em especial, Sandra citou duas professoras, que conheceu ainda quando trabalhavam em outras escolas e que a acompanham desde o primeiro dia. “Nessa trajetória, encontrei muita gente que deu muito de si para a escola. Muitos estão aqui. Mas, duas pessoas em especial eu tenho que chamar aqui, que é a Kátia e a Liz ”, disse ao convocar as duas mais antigas amigas e colaboradoras no projeto da Terra, Liz Volino e Kátia Basseti. “Cada vez que eu entro na escola e as vejo, sinto muita alegria”, completou. Ela também chamou ao palco,

Uma vida na Terra – Kátia Bassetti conta que perceber uma Terra Firme de hoje com uma amplitude muito maior do que quando começou, mas sempre com o mesmo espírito de usar aceitando. E se sente parte da construção, de forma ativa. “É uma vida e o que fica é que eu sempre pude ser eu mesma aqui dentro e todo mundo, cada criança, tem esse espaço e é aceito. A Sandra nos transmite que quando uma criança sente prazer em aprender, o aprendizado acontece ”, diz e falou da satisfação de estar com os alunos e alunas, sempre aprendendo junto com eles e elas. “Os alunos se encantam com o projeto e eu estou com eles nas descobertas”, afirmou.

Para Liz Volino, que estava na escola na sua fundação, falar da Terra é falar da sua vida. Ela a viu crescer e se tornar o que é hoje. Emocionada, ela falou da alegria de conhecer todas as crianças que conheceu, bem como professores e professores e funcionários e funcionárias. “Cada um participou um pouquinho para construir essa história da Terra Firme e isso é muito gratificante, principalmente nesta data em que a escola completa seus trinta anos”. A professora disse ainda que o melhor de tudo é a satisfação de estar em ambiente em que as pessoas gostam e que, principalmente, um ambiente que os alunos gostam e aprendem com prazer, pois são incentivados a serem iguais e vencer as dificuldades.

Memórias– Beatriz Cornelsen Boscardin se disse honrada de estar comemorando os trinta anos da escola. Falou de suas memórias junto a Sandra Cornelsen, from the time in that a acompanhava, ainda child, nas aulas de faculdade de Pedagogia, passando pela lembrança de quando foi convidada a dar aulas de balé na Terra Firme, começando sua carreira de educadora. A Terra sempre foi uma casa de gente feliz, caracterizada. “Outra memória é a de quando a Sandra me convida para coordenar o ensino infantil, confiando em mim, nunca duvidando da minha capacidade. Ela tem a característica de olhar além e acreditar nos sonhos ”, afirmou. Mesmo quando teve que se ausentar, Bea sempre continuou Terra Firme e reafirmou o papel de sua fundadora na ampliação do horizonte pedagógico. Fechou sua fala com uma frase de Sandra Cornelsen que define a proposta da escola:

Luz e sabedoria – Paulinho, que já está na escola há 17 anos, disse que aprendeu a ser uma pessoa melhor na Terra Firme. Contou que se encantou com o trabalho, pois gosta muito de crianças, e com a escola, pelo modo como as crianças são acolhidas. “Aprendi tanto com as crianças, como com os professores e professoras, mas, principalmente, com a Dona Sandra. E olha que eu não sabia quase nada da vida e aqui aprendi muito, tive muita luz e sabedoria nesta escola que eu amo de paixão ”. Ele disse que é tratado com muita atenção e carinho e contou, com justificado orgulho, que foi responsável pela construção e preparo de grande parte da estrutura física da escola.

Maria Carolina Amaral estudou na escola de 2001 a 2008 e disse que o tempo que passou na Terra foi muito especial. “É minha segunda casa”, disse. Ela está terminando a faculdade e professora de inglês na Terra Firme, com muito orgulho. “Aprendi a aprender aqui e tudo o que eu estudei depois que passei pela escola, aprendi com muito mais facilidade”, afirmou. Maria Carolina falou ainda que deve muito à Terra pelo fato de confiar em si e de saber claramente o que deve fazer para aprender e além disso, de saber conviver com a pluralidade, ouvindo as crianças e acreditando nelas.

Formando seres humanos – Camine Armani frequentou como aulas na Terra do quinto ao novo ano. Diz que estudar na escola foi divertido e que levou da escola conhecimentos e amizades. “É uma escola em que todo mundo se conhece e que te acolhe”, concluiu. Outro ex-aluna presente, Matê Magnabosco, não palco que sempre que vem à Terra Firme aprende alguma coisa e se mostra muito emocionada. Afirmou que cresceu em tamanho mas aprendeu na escola a preservar e tratar com carinho a criança que traz de si. An comentando uma roda de cantorias, com Ciranda e Maracatu, convidando todos a dançar.

Felipe Sfair, filho da homenageada Lara Sfair, deixou claro que praticamente saiu da barriga de sua mãe e foi para a Terra. “A Terra Firme foi aquilo que me formou como ser humano, que me mostrou a importância de ser um cidadão consciente, pois o que a escola pretende é aflorar a humanidade em nós, alunos”. Ressaltou a importância do carinho e do afeto no processo de aprendizagem e que a Terra tem a característica de valorizar isso, tanto entre alunos e alunas como entre a equipe pedagógica, que trabalha sempre na perspectiva da interdisciplinaridade.

Texto: Luiz Geremias
Fotos: Gilson Camargo

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