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Antropóloga Tiemi Lobato compartilha conhecimentos na Escola Terra Firme

Os alunos e alunas das turmas do terceiro ano tiveram a oportunidade de aprender sobre o fascinante trabalho da antropologia, diretamente com uma profissional da área. Tiemi Kayamori Lobato da Costa, mãe do aluno Ícaro Lobato da Silva, foi convidada pelas professoras Rafaella Campos Ribeiro e Renata Telles para palestrar sobre a antropologia e sua experiência nessa área do conhecimento.

Segundo as professoras, a palestra de Tiemi trouxe uma contribuição importante às aulas de história e geografia. Nelas, a turma está estudando as primeiras civilizações, como se estruturaram histórica e geograficamente e suas transformações ao longo do tempo. “Discutimos muito sobre como tudo isso se formou, desde os nômades, caçadores-coletores, até o sedentarismo. Descobrimos que a Tiemi trabalha com antropologia e ficamos curiosas em saber mais sobre essa área. Então, a convidamos para contar sobre algumas descobertas e como todo esse trabalho é importante”, explicaram.

Interesse e engajamento, recursos didáticos e experiências vivas

A antropóloga compartilhou seus conhecimentos sobre os povos indígenas brasileiros, destacando as tradições ancestrais e o contexto atual de suas comunidades. Durante a apresentação, Tiemi utilizou recursos materiais do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, incluindo caixas didáticas contendo réplicas de objetos significativos para os nossos povos ancestrais. Entre esses objetos, havia um colar de garras de onça, cujo significado foi apresentado pela palestrante como elemento das concepções de corpo e de objetos nessas culturas. “Para mim foi super especial estar na escola compartilhando um pouco da minha profissão. Fiquei feliz e até levei fotos minhas e do Ícaro, de quando eu ia para as aldeias e o levava junto. Espero que eles tenham gostado, porque para mim foi muito bacana, foi muito especial”.

Um momento especial de aprendizagem e fortalecimento de laços

A iniciativa proporcionou aos alunos e alunas uma perspectiva sobre o campo de atuação da Antropologia e a importância de compreender e valorizar diferentes culturas. Além disso, fortaleceu os laços entre a escola e as famílias, enriquecendo o ambiente de aprendizado.

Fotografia e edição: Gilson Camargo

“Chá da Alice”: explorando as maravilhas do jogo simbólico

Na Escola Terra Firme, uma atividade mobilizou a turma do primeiro ano, o “Chá da Alice”. Inspirada na obra clássica “Alice no País das Maravilhas”, a iniciativa proporcionou uma experiência de aprendizado e diversão. A coordenadora Francesca Maranho Amariz e as professoras Carmynha Santos e Janaina Toledo, ou Miss Janaina, elaboraram essa proposta pedagógica que integrou o tema do jogo simbólico ao eixo temático da escola, a “Arte do Tempo” e conduziu os alunos e alunas por uma jornada através do conto de Lewis Carroll.

Tudo começou bem antes do chá. Durante a semana, as crianças mergulharam na história de Alice e a preparação para o evento envolveu a criação de fantasias e a montagem de elementos para a festa. “A lição de casa foi a construção das fantasias para o chá e, em sala, eles construíram todo o material. Fizeram bules, canecas, toalha de mesa, passaram a semana trabalhando nessa atividade e aí foi muito gostoso quando eles puderam de fato brincar com tudo isso e experimentar um pouquinho do que a Alice viveu”, conta a coordenadora.

O momento mágico da arte do tempo

No dia do evento, as crianças chegaram caracterizadas como personagens do conto, prontas para vivenciar a experiência. Segundo a professora Carmynha, a turma mergulhou em um mundo de magia, onde pôde imaginar diversas situações em conjunto. O chá teve o poder de transportar alunos e alunas para cenários encantados. “O nosso jogo simbólico veio do momento em que nós estamos vivenciando o eixo temático, que é a ‘arte do tempo’. Aí surgiu a história da Alice no país das maravilhas, que tem o personagem do coelho, sempre apressado, e tem esse tempo em que ela adormece e vai para outro plano, outro lugar”.

Miss Janaina, professora de inglês, acrescentou uma dimensão extra à experiência ao introduzir elementos da língua inglesa na brincadeira, que ficou mais educativa ainda. As crianças foram convidadas a explorar o universo de “Alice in Wonderland” em dois idiomas. “Essa foi a sensação que procuramos passar para as crianças: de fantasia, aprendizado, diversão, imaginação e criatividade. Todos entraram nessa aventura, se divertiram e aprenderam muito. Unimos os idiomas português e inglês nessa brincadeira educativa. Nosso objetivo como professoras foi atingido com sucesso!”

Jogo simbólico na Educação: estimulando o desenvolvimento

O jogo simbólico é uma ferramenta pedagógica que promove o desenvolvimento cognitivo, emocional e social de crianças e adolescentes. Na Escola Terra Firme, essa abordagem é valorizada, proporcionando um ambiente onde alunas e alunos podem expressar suas emoções e explorar diferentes papéis, estimulando sua criatividade e sua autonomia na construção de pensamentos e saberes em relação a si e à realidade que a cerca. Essencialmente, o jogo simbólico é um “faz de conta” que permite representar e imaginar situações diversas, promovendo o aprendizado através da experiência criativa.

Fotos: Gilson Camargo

Dia das Famílias fortalece os vínculos da comunidade escolar

O Dia das Famílias na Escola Terra Firme, realizado no último sábado (09/3), é um evento significativo que fortalece os laços entre a comunidade escolar. Durante esse dia especial as famílias têm a oportunidade de visitar a escola, conhecer os professores e funcionários, e participar de diversas atividades educativas e recreativas junto com seus filhos, promovendo um ambiente de colaboração e confiança entre a escola e as famílias, a maior compreensão das necessidades individuais dos alunos e incentivando uma participação mais ativa dos pais na educação de seus filhos.

Além disso, ao envolver os pais no ambiente escolar, a escola demonstra que valoriza e respeita suas contribuições para o desenvolvimento acadêmico e emocional dos alunos. Essa colaboração mútua cria um senso de comunidade e pertencimento, onde todos os envolvidos trabalham em conjunto para garantir o sucesso e o bem-estar dos estudantes. O evento não apenas reforça a importância da relação entre família e escola, mas também fortalece os vínculos familiares, promovendo uma educação mais holística e inclusiva.

Fotos: Gilson Camargo

“O Lugar Antes de Mim”: documentário sobre arqueologia brasileira é apresentado na Escola Terra Firme

O 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Terra Firme teve uma experiência instigante na aula de História. A documentarista Karla Nascimento, mãe do aluno Luca Cunico, compartilhou com a turma o terceiro episódio do documentário “O Lugar Antes de Mim”, do qual é roteirista e diretora. Trata-se do resultado de um belo trabalho de pesquisa que tem como objetivo difundir e valorizar o patrimônio material brasileiro. Com esse intuito, o filme aborda os sítios arqueológicos, com foco nos sambaquis, montes de conchas construídos por povos de origem muito antiga.

Imagens da série “O Lugar Antes de Mim – Ep. 03 Sambaquis”.
https://olugarantesdemim.tv.br/
https://www.instagram.com/o.lugar.antes.de.mim/

Após a exibição, Karla expressou sua satisfação em compartilhar esse conhecimento com os alunos e alunas. Ela ressaltou a participação ativa da turma e as perguntas feitas. “Mostrar trechos do filme, conversar com os estudantes, foi uma experiência muito gratificante. Prestaram muita atenção, participaram, perguntaram. Discutimos a questão do tempo, de valorizar a história desses povos que não existem mais. Conversamos sobre a valorização dessas histórias diferentes das pessoas que habitaram o mesmo território que a gente”, disse.

Ampliando conhecimentos sobre a história e a cultura brasileira

A professora Fernanda Galvão comentou sobre a importância do tema abordado no documentário em relação ao Eixo Temático da Terra Firme em 2024, a “Arte do Tempo”. Ela destacou a relevância de compreender os modos de vida de povos pré-históricos e refletir acerca da concepção de história apenas a partir da escrita. “Estamos trabalhando bastante a passagem do tempo, a marcação do tempo, e começamos a estudar o que é entendido como pré-história, problematizando a questão da história ser considerada a partir da escrita apenas. Antes disso, tinha muita vida, organizações completas, muita história, e aí o foco é também trazer essas informações e compreender esses modos de vida que aconteciam num tempo tão longínquo, mas que eram extremamente complexos e extremamente organizados e civilizados.”

Karla e Fernanda compreendem que o evento proporcionou aos alunos uma experiência enriquecedora, ampliando seus conhecimentos sobre a história e a cultura brasileira. Além disso, estimulou a reflexão sobre a passagem do tempo e a valorização das pesquisas arqueológicas. Foi uma atividade de imersão numa cultura que data de pelo menos mil anos antes da chegada dos europeus e que teve a contribuição dos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade de São Paulo (USP), Museu Paranaense (MUPA), e Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ), onde foram realizadas as entrevistas presentes no documentário.

Fotos dos sambaquis: Amplercinetv
Fotos sala de aula: Gilson Camargo

Terra Firme comemora 35 anos e encerra 2023 com o espetáculo “Sentir Faz Sentido”

O Auditório Poty Lazzarotto do Museu Oscar Niemeyer foi palco de uma celebração repleta de emoção. A Terra Firme, com o espetáculo “Sentir Faz Sentido”, encerrou o ano letivo, comemorando com alegria os seus 35 anos de história. Estrelada pelos alunos e alunos da escola, a apresentação artística proporcionou momentos especiais aos presentes.

A cerimônia ressaltou a relevância desse marco de três décadas e meia e destacou a importância da escola na vida de inúmeras famílias, enfatizando as sementes de aprendizagem que foram semeadas ao longo dos anos. A professora Sandra Cornelsen, fundadora e diretora pedagógica da Terra, foi homenageada e, sob intensos aplausos, recebeu os parabéns e o reconhecimento de todos.

35 anos semeando valores humanos para uma formação integral

É uma história composta de muitos elementos. Entre eles, a afetividade, a importância do vínculo, do carinho e do olhar diferenciado para as necessidades de cada criança e adolescente. O objetivo é a formação integral do ser humano, com valores e princípios de respeito ao outro, de cidadania e compromisso com a sociedade e o meio ambiente.

“Sentir Faz Sentido”: um espetáculo conectado à natureza e à cultura

O espetáculo teve referências aos elementos da natureza, citando os animais da Floresta Amazônica e alertando para a necessidade da preservação ambiental. Além disso, enalteceu a importância dos povos indígenas nessa preservação e falou das emoções, que têm um papel fundamental em todos os aspectos de nossa existência. A cidade de Curitiba foi outro tema, reverenciando seus poetas e prosistas, sua culinária, cultura e recantos.

Firme é meu chão, Terra Firme minha escola: hino ressoa no Museu Oscar Niemeyer

O encerramento foi emocionante, com todos os alunos e alunas no palco, juntos, cantando o hino da escola. Com isso, a Terra Firme celebrou o seu brilhante passado e vislumbrou o futuro com entusiasmo, antecipando muito mais anos de compromisso com a educação.

Fotos: Kraw Penas

Experiência refrescante: banho de mangueira proporcionou diversão, bem-estar e interação social

A Escola Terra Firme propiciou um momento especial para as crianças da Educação Infantil e do 1º ano. Em um dia quente e ensolarado, as turmas aproveitaram um delicioso banho de mangueira, uma atividade que foi além do simples refrescar durante o calor. Com muita alegria, alunas e alunos se envolveram em brincadeiras com água, compartilhando momentos de satisfação.

A coordenadora da Educação Infantil, Francesca Maranho Amariz, destacou a importância da experiência. Segundo ela, por meio de diferentes atividades, a Escola Terra Firme busca criar oportunidades para as interações sociais e o calor se mostrou perfeito para uma experiência saudável e prazerosa. “Por meio da interação social, as crianças adquirem inúmeras habilidades e conhecimentos. E, na escola, proporcionamos diferentes momentos para que essas interações aconteçam. Então, porque não aproveitar o dia de sol?”.

Banho de mangueira: diversão e aprendizado caminham lado a lado

Segundo a coordenadora, momentos como esse não apenas contribuem para a saúde física e o bem-estar das crianças, mas também fortalecem os laços sociais e emocionais. Desse modo, a Terra Firme reafirma seu compromisso em proporcionar não apenas um ambiente educacional, mas também experiências memoráveis que enriquecem o desenvolvimento dos alunos e alunas. Assim, a escola demonstra que aprender e se divertir podem caminhar lado a lado, deixando lembranças marcantes para toda a vida.

Estimulando o desenvolvimento infantil

Entre as vantagens de uma atividade como essa, é possível listar outras, além das já citadas. O incentivo à atividade física, com benefícios para o desenvolvimento motor, é uma delas. Isso sem esquecer dos estímulos sensoriais, que envolvem o tato e a percepção do corpo em relação ao ambiente e constituem uma experiência fundamental para a maturação cognitiva.

Fotos: Gilson Camargo

Aventuras imaginárias que ensinam: conhecendo os meios de transporte com o jogo simbólico

O Grupo I da Educação Infantil da Escola Terra Firme viveu um momento de fantasia e aprendizado. Em um contexto de aventuras e descobertas, embarcou na experiência de uma atividade de jogo simbólico, que explorou os meios de transporte de maneira lúdica e educativa.

“O nome do nosso projeto é A Todo Lugar e nós estamos trabalhando os vários meios de transporte. Hoje, fizemos uma atividade de jogo simbólico de viagem de barco e de avião”, explicou a professora Damaris Castro Rosa Volino. Foi ela que, juntamente com a professora Erli Freitas (Lili), planejou a atividade. Cada criança escolheu seu destino, alinhando-se ao tema do projeto e, durante o processo de preparação, alunas e alunos participaram ativamente, inclusive na confecção do avião.

A importância do faz de conta na educação infantil

Damaris disse que antes da viagem, houve o jogo simbólico de preparação para a viagem. Isso incluiu o que levar e o que cada criança esperava do lugar escolhido para ser visitado. A turma também já realizou uma atividade simbólica de confeitaria, com direito a preparações culinárias, e a professora destacou a importância do faz de conta na educação infantil: “O jogo simbólico trabalha bem o criativo da criança. A turma tem uma rotina semanal e na sexta-feira é o dia do nosso jogo simbólico. Assim, quando chega quinta-feira, eles já sabem o que vai ter no dia seguinte e perguntam: qual vai ser a brincadeira de faz de conta? O jogo simbólico é isso, um jogo de faz de conta. É como se a gente estivesse vivendo algo real, mas de forma lúdica, brincando”.

Jogo simbólico: aprendizagem com desenvolvimento da imaginação e da criatividade

Francesca Maranho Amariz, coordenadora da Educação Infantil, contou que a viagem imaginária começou quando a turma escolheu o tema e o nome do projeto. “A Damaris e a Lili fizeram uma roda de conversa, uma discussão com as crianças, e surgiu a questão dos meios de transporte, que é, de fato, um assunto que chama a atenção”. Antes de viajar de avião e de navio, a turma já tinha passeado de carro, em uma pista de areia com sinaleiros e placas de trânsito.

Segundo Francesca, na viagem de avião as crianças participaram como pilotos, copilotos, aeromoças e passageiros. “Tínhamos lá o som do aeroporto, a aeromoça, e eles guardaram a bagagem com as coisas que trouxeram de casa para levar na viagem”. Isso, sem esquecer dos bilhetes com o nome de cada aluno e aluna: um pedacinho ficou com as professoras e o outro dentro das malinhas. Tudo conforme uma viagem de verdade, uma experiência que proporcionou não apenas diversão, mas também aprendizagem, com o desenvolvimento da imaginação e da criatividade.

Fotos: Fran Amariz e Gilson Camargo

Terra Firme 35 Anos: celebração de um compromisso com a Educação

A Terra Firme completou 35 anos e a festa foi na rua, em frente à escola. Reuniu alunos e alunas, seus familiares, equipe pedagógica e colaboradores. Teve brincadeiras, pintura, pula-pula, vôlei, pista de patins, skate e bike, comidas, bebidas, muita música e a alegria do encontro.

Ex-alunos e ex-alunas prestigiaram o evento, além de professoras que lecionaram na escola e a levam no coração. Afinal, a Terra Firme é referência, com uma proposta pedagógica que promove a formação integral – motora, cognitiva e emocional – de seres humanos pensantes e críticos.

Agradecimentos e homenagens

Sandra Cornelsen, fundadora e diretora pedagógica da Terra, agradeceu a presença de todos e fez questão de homenagear as pessoas que, junto com ela, construíram essa história de sucesso. Falou da alegria de estar com as crianças e adolescentes, citou os alunos e alunas que já saíram da escola e compareceram para festejar, assim como as famílias e a equipe de docentes e colaboradores. “Hoje a gente faz 35 anos. É muita emoção e quero dizer que isso só foi possível graças à ajuda de muitos profissionais e de minhas duas filhas, a Maria Augusta e a Ana Carolina.”

Terra Firme 35 Anos: uma história de pioneirismo e inovação

Crianças e adultos brincaram juntos, compartilharam sorrisos e o orgulho de fazer parte dessa longa jornada de paixão e compromisso com a excelência na Educação. Uma história de pioneirismo e inovação na aplicação da Psicomotricidade Relacional no ambiente pedagógico e na valorização das manifestações artísticas como recurso de aprendizagem. O objetivo é que a criança tenha prazer em estudar, pesquisar e descobrir coisas novas. Para isso, é fundamental a metodologia de projetos, que incentiva a curiosidade e integra teoria e prática, sempre com uma abordagem interdisciplinar que enriquece o processo de construção de conhecimentos.

Eco Copo: sustentabilidade e responsabilidade ambiental

A festa marcou o lançamento da campanha “Sustentabilidade + Ação Lixo Zero”, uma iniciativa de gestão sustentável que reduzirá o uso de copos descartáveis na escola. Para isso, foi lançado oficialmente o Eco Copo reutilizável da Terra Firme, com um design moderno e prático. Essa medida vai ao encontro das práticas recomendadas para a redução do descarte de bens de consumo, com menos poluição ambiental e economia da matéria-prima necessária para a confecção de novos produtos.

Arte: Adriano de Faria
Fotos:
Gilson Camargo

Turmas do 4º e 5º ano pesquisam as raízes da cultura caiçara na Ilha dos Valadares

As turmas do 4º e do 5º ano visitaram a Ilha dos Valadares, no município de Paranaguá. Lá, conversaram com o Mestre Aorelio Domingues, na Associação de Cultura Popular Mandicuera, e receberam informações preciosas sobre a cultura caiçara e a geopolítica local. Conheceram o fandango, a música e a dança típicas do litoral do Paraná, assim como a oficina de luteria, bem como os instrumentos utilizados no fandango: rabecas, violas caiçaras e machetinhos, que são um tipo de cavaquinho.

O interesse pelo tema surgiu nas aulas e a professora Fernanda Galvão, do 5º ano, conta que a ideia da visita veio quando alunas e alunos conheceram o fandango e demonstraram vontade de conhecer mais sobre essa manifestação cultural. Ela diz que estar na Ilha dos Valadares foi muito produtivo. As crianças ouviram sobre a história, a realidade do lugar, e fizeram relações com temas que já tinham estudado em sala. “Ter essa vivência, para além do conhecimento somente teórico, ter esse contato, foi muito importante”.

Conhecendo a história de Paranaguá

Damaris Benites, professora do 4º ano, também ficou muito satisfeita com a experiência. “Nós estávamos estudando sobre os históricos das cidades e falamos sobre Paranaguá, a primeira cidade do Paraná. Então, com essa visita, as crianças puderam vivenciar na prática a cultura de lá, o fandango, conhecer um pouco mais sobre a cultura caiçara, sobre a culinária. Eles estiveram numa oficina da dança do fandango e conheceram os instrumentos. Foi algo encantador”.

Preservando a cultura caiçara

A Associação Mandicuera nasceu em 2004, com o objetivo de preservar a cultura caiçara. Seus fundadores foram Aorelio Domingues e seu amigo Eloir Paulo Ribeiro de Jesus, que, desde então, realizam oficinas para a transmissão das tradições locais aos mais jovens. Desse modo, manifestações culturais, como a Folia do Divino e o folguedo Boi de Mamão, fazem parte da vida e do calendário festivo da Ilha dos Valadares e de toda Paranaguá. Aorelio é músico e faz os instrumentos utilizados no fandango em sua oficina de luteria. E mais: criou a Orquestra Rabecônica e a primeira opereta caiçara da história: “Açucena”.

Vista do centro histórico de Paranaguá a partir da ponte sobre o Rio Itiberê, que liga a cidade à Ilha dos Valadares.

Imagens: Fabrício do Amaral, Fernanda Galvão, Damaris Benites, Priscila dos Santos e Kelly Munhoz.

Lenda do pirata Zulmiro: pesquisador revela descobertas na Escola Terra Firme

Lenda do pirata Zulmiro: pesquisador revela descobertas na Escola Terra Firme
Lenda do pirata Zulmiro: pesquisador revela descobertas na Escola Terra Firme

A Escola Terra Firme recebeu a visita de Marcos Juliano Ofenbock, pesquisador que se dedica à investigação da existência do pirata Zulmiro, que teria vivido em Curitiba no século XIX, e de um grande tesouro que ele teria enterrado na Ilha da Trindade (ES). Se essa história foi, por muito tempo, entendida como uma lenda urbana, agora parece ganhar contornos de realidade. Marcos Juliano afirma ter descoberto documentos que atestam que o pirata inglês realmente viveu em Curitiba.

“Encontrei inclusive a certidão de casamento dele, do dia 4 de fevereiro de 1829. Ele veio se refugiar aqui, ‘arrebatou’ uma jovem escrava, levou para a igreja e casou. E encontrei o registro do enterro, no cemitério municipal São Francisco de Paula. Ele faleceu no dia 24 de agosto de 1889.”

Pirata Zulmiro: reescrevendo a história da pirataria

Diretor cultural do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), Marcos Juliano afirma que o tesouro pode estar mesmo enterrado na Ilha da Trindade, uma base da Marinha que fica a 1,2 mil quilômetros da costa Brasileira, no meio do Oceano Atlântico. Porém, o mais importante, sob o ponto de vista histórico, talvez seja o fato de que a comprovação da existência de Zulmiro reescreve a história da pirataria. “Os livros de história falam que o último capitão pirata do século XIX foi enforcado nos Estados Unidos, na cidade de Boston, em 1835. Foi um espanhol chamado Dom Pedro Gilberto. Mas, segundo a minha pesquisa, o último capitão pirata do século XIX, veio a morrer em 1889, aqui em Curitiba!”

Ponte entre projetos

A coordenadora do Fundamental II, Kelly Cordeiro Munhoz Joaquim, explica que o convite feito ao pesquisador se deu no contexto dos interesses demonstrados por alunos e alunas em seus projetos de pesquisa. “As turmas do 3º ano, no projeto ‘Grandes Mistérios’, começaram a falar sobre tesouros e piratas. A turma do 4º ano, por sua vez, escolheu como projeto ‘Sentindo Curitiba’ e, no 5º ano, o projeto foi ‘Movimento das ideias’. Assim, pensamos que seria interessante trazê-lo e fazer essa ponte entre Curitiba, mistérios e ideias em movimento.”

Thais Helene Portes, professora de Língua Inglesa da escola, conhece Marcos Juliano e fez o contato. Ela observou a fascinação das crianças com o tema e resolveu convidar o amigo para falar do mistério do pirata. “Eu tenho uma lição que inicia falando de buried treasures. Essa lição fala sobre tesouros enterrados e a gente explora as palavras desse grupo lexical de praia, natureza. O tema do projeto da turma é ‘grandes mistérios’, então juntando a lição, com o interesse deles em piratas e a minha amizade com o Marcos, estava completo o caldeirão” conta.

Formando cidadãos pensantes

Marcos Juliano avalia de forma positiva a apresentação que fez aos alunos. Segundo ele, os estudantes puderam acompanhar o processo de pesquisa que desenvolve há 18 anos. E diz ter ficado impressionado com o interesse demonstrado. “A participação deles, a interação no final da palestra com as perguntas, isso tem um conteúdo muito valioso. Ainda mais no processo de aprendizagem, que nós estamos formando futuros cidadãos pensantes, que podem vir a contribuir de forma muito grande com a sociedade. Então, acredito que a pesquisa teve um impacto muito positivo no coração dos alunos e alunas. Fico muito agradecido pela Escola Terra Firme ter me recebido para que eu pudesse compartilhar com eles essa história, essa pesquisa”.

Link para filme “O Legado do Pirata Zulmiro”, de Estevan Silvera.

Uma jornada de aprendizado: conhecendo o Brasil com o jogo simbólico

O jogo simbólico é uma atividade que une o brincar ao aprender, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras, emocionais e sociais. Nele, situações, personagens e cenários são imaginados e representados, há o estímulo ao pensamento, promovendo a criatividade e a vivência coletiva do aprendizado.

As crianças expressam os seus modos de entender uma determinada situação e exercitam seus sentimentos de forma lúdica, cultivam a autoestima e a confiança, uma vez que têm a oportunidade de explorar diferentes papéis em diferentes contextos.

A turma do 1º ano explorou as possibilidades do jogo simbólico em uma viagem que foi de Salvador, na Bahia, a Manaus, capital do Amazonas. Apresentaram passagem e documentos de identidade para entrar no ônibus, levaram suas malas, com objetos diversos, cantaram, brincaram e viveram intensamente o movimento do veículo na estrada, nas curvas, lombadas e freadas.

Preparação e vivências na estrada: o jogo simbólico em ação

Como a viagem é longa, dura quatro dias, a turma se preparou para encarar o percurso e, nele, cantaram e brincaram. “A gente foi construindo isso durante as aulas, as músicas para cantar no ônibus, as brincadeiras, coisas para se distrair na viagem. Isso é o jogo simbólico”, conta a professora Carmynha Santos, do Integral, que participou ativamente da experiência. Ela nasceu em Parintins e vai, junto com a professora Raquel de Melo Ribeiro, apresentar a região Norte para a turma.

Descobrindo a região Norte: geografia, cultura e identidade

“A turma está vivenciando alguns momentos no Norte, como a festividade de Parintins, além de uma abordagem geográfica, cultural, dos costumes. Eles têm muitas perguntas sobre como é a vida lá, como são as casas, a vestimenta, os times de futebol”, diz Raquel. Segundo ela, a proposta é uma vivência coletiva e o interesse é grande. Na região Nordeste, a turma já conheceu a forma de vida, o folclore e a culinária local e a expectativa é que a visita à região Norte traga outras boas experiências e aprendizados.

Metodologia de Projetos: uma experiência interativa com o conhecimento

A coordenadora da Educação Infantil e do 1º ano, Francesca Maranho Amariz, explica que a Escola Terra Firme trabalha com a metodologia de projetos e o projeto do primeiro ano envolve uma viagem pelo Brasil, visitando as cinco regiões. “Nessa viagem, as crianças exploram fauna, flora, cultura, lendas. Nas regiões, o que mais chama a atenção é o que é trabalhado nas aulas. E quando acontece a mudança de região, as crianças fazem de fato uma viagem. Elas já viajaram de avião, agora fizeram uma viagem de ônibus do Nordeste pro Norte e são elas que escolhem os meio de transporte, como a viagem vai ser feita”.

A contribuição do jogo simbólico para a formação da criança

As teorias de Jean Piaget e de André Lapierre fundamentam as ações pedagógicas da Terra Firme e valorizam a contribuição do jogo simbólico para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional. Há, desse modo, uma valorização da vivência lúdica, com teoria e prática se mesclando e integrando. Trata-se de um recurso fundamental para a formação individual e social da criança, contribuindo para o aprendizado e para a construção da identidade, com criatividade e autonomia.

Para mais informações sobre o jogo simbólico na Escola Terra Firme, acesse:
https://escolaterrafirme.com.br/jogo-simbolico-incentiva-a-construcao-ludica-do-conhecimento/
https://escolaterrafirme.com.br/o-jogo-simbolico-e-a-construcao-do-ser/
https://escolaterrafirme.com.br/brincar-e-fundamental-e-a-escola-terra-firme-sabe-disso/

Uma Mostra para conhecer a estratégia pedagógica que estimula curiosidade, autonomia e integração entre saberes

Pesquisas desenvolvidas na Metodologia de Projetos ganharam visibilidade em uma Mostra que combina diversidade de conhecimentos com expressões artísticas. A proposta é promover o desenvolvimento integral e integrado de alunos e alunas.

Em um belo sábado ensolarado, a escola Terra Firme realizou mais uma Mostra de Projetos. O evento é a exposição da produção realizada pelos alunos e alunas durante as aulas. O registro das pesquisas realizadas e a demonstração dos resultados obtidos são materializados em expressões criativas, com interesses intelectuais traduzidos em belas formas artísticas.

Percorrendo o evento, chamou a atenção a riqueza da abordagem dos temas tratados em poemas, cartazes, maquetes, instalações, desenhos e pinturas. Cores e traços se combinaram, demonstrando aos familiares presentes o quanto cada estudante em particular, e todos, coletivamente, se empenharam e dedicaram na construção dos caminhos para a aprendizagem expostos.

Olhar humano para uma formação integral

Na diversidade dos conhecimentos apresentados às famílias pelos orgulhosos alunos, havia algo em comum. No caso, a experiência de encarar o desafio de relacionar teorias com a prática, aprendendo de forma integral. “A escola foi criada com um olhar humano, para a formação do ser humano inteiro, para olhar o mundo de forma diferente, em um desenvolvimento não apenas cognitivo, mas também emocional”, explicou a orientadora pedagógica Ana Carolina Brofman.

Estudando os povos originários e suas culturas

As crianças da Educação Infantil e do 1º ano apresentaram seus estudos e pesquisas sobre os povos originários do Brasil e dos nossos vizinhos latinos. Nesse contexto, desvendaram como é a vida na floresta, com seus animais e vegetação. Assim, pesquisaram sobre os indígenas brasileiros, assim como sobre os incas, maias e astecas, suas culturas, habitats e meios de locomoção, como a canoa. Também descobriram a importância das lendas amazônicas e das penas de pássaros que compõem os cocares, criando até uma coleção desses objetos.

Viagens simbólicas, releituras e muitas emoções

No Fundamental I, relatos e registros das viagens simbólicas realizadas, nas quais alunos e alunas desvendaram as particularidades dos locais estudados, e releituras de obras de arte de Poty Lazarotto, Tarsila do Amaral e Leonardo da Vinci. Além disso, fotos com representações de emoções, pesquisas sobre animais e até um filme realizado durante a visita que as turmas do 4º e do 5º realizaram em Paranaguá, quando conheceram a história do local e a cultura caiçara.

Exposição de temas variados e interdisciplinares

O Fundamental II apresentou uma equilibrada exposição de temas variados, na qual a abordagem interdisciplinar saltou aos olhos. Havia jogos que ensinam sobre a história da Segunda Guerra Mundial (https://escolaterrafirme.com.br/turma-do-9o-ano-cria-jogos-de-tabuleiro-para-aprofundar-conhecimentos-sobre-a-segunda-guerra-mundial/) e as catapultas utilizadas na aula de Matemática para estudar a função quadrática (https://escolaterrafirme.com.br/estopim-para-o-aprendizado-transformando-teorias-matematicas-em-experiencias-praticas/). Isso, sem falar das maquetes de pontos turísticos europeus e até mesmo opções de plantas para degustação de chás. O 9º ano arrecadou fundos para as comemorações da formatura, com a venda de lanches e a rifa de uma cesta para o Dia das Crianças, que contém jogos diversos, bichos de pelúcia, kits e alfajores.

Metodologia de Projetos desperta a curiosidade, promove o debate e a inter-relação entre os saberes

A Mostra é a conclusão de um ciclo de pesquisas e de aprendizado, realizado com base na Metodologia de Projetos, a estratégia pedagógica utilizada em todas as turmas da Terra Firme. O objetivo é despertar a curiosidade, promover o debate e o inter-relacionamento entre os conhecimentos e saberes. A turma escolhe o tema de seu projeto, coletivamente, e cada estudante tem liberdade para criar suas próprias estratégias. Com essa perspectiva, “aprende a aprender” com professores, professoras e colegas. Por meio de imagens e textos, crianças e adolescentes desenvolvem pesquisas, encaram desafios e os resolvem. Perguntas encontram suas respostas possíveis em conceitos que se ligam e relacionam os conteúdos das disciplinas curriculares.