Os projetos partem do desejo do aluno na escolha do tema, que deve se relacionar com o Eixo Temático anual, que é escolhido pela equipe Terra Firme

Na metodologia de projetos o tema de pesquisa é escolhido pelo grupo e a proposta é estabelecer uma dúvida inicial para iniciar o trabalho e procurar encontrar evidências que podemecê-la. Não há exatamente um método preestabelecido, mas sim um conjunto de condições a serem respeitadas. A pesquisa conta com a participação de todos os alunos, desde a fase inicial de coleta de dados, a partir da qualidade de participação de conhecimentos, até alcançar o objetivo final. O professor, com o auxílio do coordenador pedagógico, irá construindo, junto com as crianças, essas relações e, nesse processo, será incluído no mapa conceitual do conteúdo a ser trabalhados.

Trabalhar com a metodologia de projetos implica o abandono da figura do professor como mero transmissor de conteúdos. Em vez disso, deve se tornar um pesquisador que, junto com o grupo de alunos, se empenha na tarefa proposta. O aluno, por sua vez, ocupa o lugar do processo de aprendizagem, deixando para trás a passividade proposta pela pedagogia clássica. A proposta é que a escola seja um espaço de incentivo à aprendizagem, incentivando o aluno a assumir o papel do pesquisador que constrói o seu próprio conhecimento, recusando saberes prontos e preestabelecidos.

Traçando e percorrendo mapas

Tanto a teoria como a técnica de construção dos Mapas Conceituais só foram surgir em amostra da década de setenta e são da autoria do pesquisador norte-americano  Joseph Novak . Um mapa conceitual é uma ferramenta para organizar e representar o conhecimento, segundo ele. A base teórica dos mapas corresponde à teoria cognitiva de Aprendizagem Significativa, formulada por outro pesquisador norte-americano,  David Paul Ausubel  (1918-2008). Ele diz que, quanto mais sabemos, mais aprendemos e afirma: “O fator isolado mais importante que influencia o aprendizado é que o aprendiz já conhece”.

Um mapa conceitual é uma representação gráfica de uma rede de conceitos que vão se ligando e relacionando em um trabalho coletivo de construção, para possibilitar uma ampliação da rede de conhecimentos dos alunos e da turma como um todo, na medida em que esses conceitos vão sendo mais conhecidos e relacionados entre si. É uma técnica expressiva e não memorística, que possibilita a ampliação da rede de conhecimentos, pois, alunos e professores passam a “conhecer” mais sobre determinado assunto. Os mapas são traçados por alunos e professores desde o início do semestre e, ao final, mostra o caminho conceitual que o projeto tomar.

Sandra Cornelsen