Os alunos e alunas do Grupo III embarcaram, neste trimestre, no projeto “Viajando pela Natureza”. Em um primeiro momento, aprenderam bastante sobre os animais, plantas e minerais, bem como sobre os habitats que compõem o que chamamos um ecossistema. No último mês, decidiram estudar a saúde da natureza, conhecendo as práticas de reciclagem de materiais sólidos e de compostagem. Puseram a mão na massa e na terra, plantando mudas, criando vasos para plantas e flores, jogos e brinquedos, além de minicomposteiras.

A professora Priscila Greenberg conta que a experiência está sendo gratificante para todos. As crianças têm manifestado muito interesse no tema e o projeto abriu perspectivas para que cada uma desenvolva, da sua maneira, não apenas a consciência da importância da preservação dos recursos naturais, mas que seja ativa no processo. “Houve recados nas agendas dizendo que as crianças estavam bem participativas e conscientes em casa, fazendo questão de separar o lixo, de lavar antes de descartar um material. Aprenderam, na prática, como reaproveitar em vez de simplesmente descartar algo como lixo”.

Primeiros passos da viagem

O projeto começou com a professora Brunna Bassetti, que é coordenadora pedagógica do 6º ao 9º ano e da Educação Infantil e 1º ano. Ela conta que, logo no início do ano letivo, pediu para que cada aluno e aluna pensasse e desenhasse o que se interessaria em conhecer e surgiram ideias diferentes. Um tema, porém, se destacou: a natureza. “Foi então que surgiu a ideia de viajarmos por ela e desbravar tudo o que possui. Começamos falando sobre suas paisagens, como são e do que são compostas. Com isso, cada criança podia escolher para qual paisagem da natureza queria viajar. O resultado foi maravilhoso”.

“E como não falar da natureza com tudo isso que vem acontecendo ao nosso redor?”, pergunta Brunna. O projeto “Viajando pela Natureza” nasceu de um momento cheio de descontração e grande interesse pelo meio ambiente. “Esse projeto foi feito para dar asas à curiosidade e explorar a natureza e suas infinitas possibilidades, seja por meio dos animais que habitam na natureza, pelo universo verde que é o planeta Terra, dos pequenos temperos às grandes árvores, dos vegetais às frutas”, explica.

Aprendendo a preservar

Depois de conhecer os elementos da natureza, de aprender sobre a importância de cada organismo em um ecossistema e da riqueza da biodiversidade, a turma se ocupou em saber sobre as formas de preservar os recursos naturais. Assim, passou a estudar práticas para manter saudável o meio ambiente. “Falamos da coleta seletiva, dos diferentes materiais, como o plástico, papel, vidro, metal e lixo orgânico. Cada item foi trabalhado, como é fabricado, com qual matéria prima, e a importância do reaproveitamento. O papel, por exemplo, é feito do tronco de árvores e se a gente quer preservar as árvores, separa papel para reciclagem, reaproveita e menos árvores são cortadas”, explica Priscila.

Logo depois, foi o momento de pôr a mão na massa e vivenciar, na prática, como se faz para ajudar a preservar a natureza. Garrafas pet foram usadas para fazer vasos e papel usado serviu para confeccionar jogos, que foram deixados na sala de aula para uso de todos. “O pessoal que estava on-line também participou e criou coisas com material reaproveitável, houve quem fez vasos e quem criou animaizinhos, utilizando aqueles cilindros de papelão do papel higiênico. Teve também casinha de cachorro de papelão”, conta.

Compreendendo o ciclo natural

Com recipientes de vidro, foi feito um xilofone, utilizando água com tinta em diferentes níveis e latas foram reaproveitadas para a turma criar mini-hortinhas de temperos. As crianças que assistiam a aula em casa fizeram belos “porta-trecos”. E a aventura não ficou por aí. “Com os alunos do presencial fomos à estufa, pusemos terra nas latas e plantamos as mudinhas dos temperos. Por último, trabalhamos o lixo orgânico, todo o ciclo da matéria orgânica, como acontece o processo e como podemos reaproveitar, já que não podemos mandar os restos de alimentos para reaproveitamento nas indústrias. Então, fizemos minicomposteiras, para reaproveitamento de materiais básicos, como cascas de frutas”.

O projeto interessou as crianças e gerou hábitos e rotinas. “Todo dia tem o momento da frutinha e todas as cascas e sementinhas vão para as composteiras, para virar adubo líquido e depois ir para a horta da escola”, diz a professora, que assim demonstra como se dá o ciclo natural a alunos e alunas. Além disso, mais vasos foram feitos para novas plantinhas e a sala de aula ficou linda e naturalmente decorada. Priscila avalia que essas atividades devem perdurar por todo o ano, pois o interesse é grande e o empenho em preservar a natureza foi despertado.