A Escola Terra Firme recebeu na última sexta feira, 24 de março, a visita do Projeto Sementes pelo Mundo, dando sequência ao Projeto Sementes pelo Brasil, realizado pelas turmas do Jardim III e Primeiro ano. Foram realizadas atividades, como as oficinas para escrever cartas e confecção de bombas de sementes.
Segundo a idealizadora do Projeto, Anaísa Catucci, o Sementes pelo Mundo envia cartas com sementes com o objetivo de aproximar as pessoas e valorizar o patrimônio natural da humanidade. “Com as oficinas de confecção de cartas queremos resgatar uma importante ferramenta de comunicação, uma das mais antigas e que possibilita a aproximação das pessoas, mesmo diante de tantos avanços tecnológicos. Já com as bombas de sementes, ensinamos uma opção de espalhar sementes, especialmente em grande escala ou em solos pobres”, explica.
A professora do Terra Firme, Carmynha Santos, conta que os alunos já têm intimidade com a terra e o plantio de sementes e que a nova técnica vem acrescentar aprendizado e é uma forma de sensibilizar a comunidade. “Na estufa trabalhamos com o plantio de mudas que depois são transportadas para a horta, além de consumirmos os alimentos que produzimos, mas, levar as sementes para outros terrenos nos dá um novo aprendizado”.
Confecção de cartas:
As crianças colaboraram com o projeto confeccionando cartas com desenhos e mensagens. Um dos objetivos do projeto é o de resgatar uma das ferramentas de comunicação mais antigas do mundo e que possibilita a aproximação das pessoas mesmo diante de tantos avanços tecnológicos. Segundo Anaísa, essas cartas serão entregues para outras crianças, e serão respondidas. “Seguimos hoje para Londrina com o projeto e entregaremos as cartas das crianças da Terra, depois voltamos com a correspondência, assim eles compreendem bem essa comunicação, além de trocar conhecimentos”.
Bombas de sementes:
Foram produzidas pequenas ‘bolas’ combinadas com barro/argila, substrato orgânico/adubo e sementes, que podem ser lançadas em outros ambientes e são uma ótima maneira de polinizar áreas degradadas ou desmatadas, dando vida a um pequeno lote vago, um grande terreno baldio, e outros lugares que precisem de alguma vegetação extra.
A oficina sensibilizou as crianças sobre a importância da preservação e do aumento de áreas verdes nos grandes centros. Foram utilizadas sementes de alimentos, ervas medicinais que os alunos consomem em casa e outras captadas nas atividades com as professoras da escola. Após o lançamento na natureza e com a ação das chuvas o sistema simples protegerá as sementes, mantendo a umidade e os nutrientes para a germinação. O tempo da colheita depende das plantas escolhidas.
Sobre o projeto Sementes pelo Mundo:
O projeto idealizado pela empresária e jornalista Anaísa Catucci, de 32 anos, começou de uma forma inusitada em novembro de 2016, a partir da produção de uma horta em seu apartamento.
Em um pequeno espaço com vasos, a idealizadora do projeto iniciou um plantão de hortaliças e flores. Sem saber o que fazer com as sobras das sementes, resolveu buscar na internet interessados em recebê-las. Por meio de um post publicou uma mensagem simples contando a situação e que o envio seria feito com uma carta, como uma forma de presente para os interessados – link para o grupo Sementes pelo Mundo, no Facebook.
Em menos de 24h a publicação alcançou mais de 2 mil pessoas de todo o Brasil e do exterior, que se interessaram em receber as cartas com as sementes. Diante desta demanda, foram realizados os primeiros encontros para escrever as cartas com voluntários de São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Palmas (TO) e Ibiporã (PR).
Em março, o projeto ganhou repercussão na mídia, com entrevistas em telejornais e exibição regional no estado de Santa Catarina, além de cobertura nacional e internacional. O número de cadastrados para participar do grupo atingiu 5 mil pessoas. Até o momento, 19 países integram a lista de interessados para receber as cartas.