Aprender algo novo é sempre empolgante. As crianças do 3º ano da professora Liz Volino estão descobrindo isso e o “Baú das Descobertas” tem contribuído muito para semear a curiosidade que dá base ao prazer de pesquisar. O sucesso da iniciativa é tamanho que quem perguntar a qualquer aluno ou aluna da turma onde estuda, certamente vai ouvir a resposta: “Na ‘Turma das Descobertas’ da Escola Terra Firme”. E o projeto do trimestre não poderia ser outro: “Descobertas”. Para esses jovens estudantes, a alegria de descobrir parece não ter fim.
Sempre com aulas lúdicas, que despertam o interesse em aprender coisas novas, Liz conta que foi em uma dessas aulas que surgiu a ideia. Depois da turma assistir a um vídeo em que a atração era um baú misterioso, o desejo de também ter um baú, cheio de segredos a serem desvendados, se manifestou no entusiasmado grupo de estudantes. “Ficaram imaginando o que ia ter no baú deles e se mostraram tão envolvidos com a ideia, que eu peguei uma caixa e dela fiz o ‘Baú de Descobertas’.
Descobrindo tesouros
A proposta é promover o envolvimento emocional com o aprendizado, incentivar o interesse de estar sempre pesquisando, procurando entrar em contato com temas de estudo, fenômenos e formas de pensar novas. “Despertar na criança a curiosidade, a emoção de aprender, descobrir coisas. No baú sempre tem novidades, coisas diferentes que são elementos instigadores para as nossas atividades. Uma obra de arte, um brinquedo, um livro, uma carta, algo que vai ajudar nos trabalhos que a turma desenvolve”, explica a professora.
A primeira abertura do Baú de Descobertas revelou uma carta da diretora e fundadora da Terra Firme, a professora Sandra Cornelsen, para a turma. “Quando eu li, houve uma grande emoção, as crianças vibraram, amaram”, conta Liz. No dia do aniversário de Curitiba, 29 de março, a professora tirou do baú outra carta. Dessa vez, falava de um personagem lendário da história da cidade, o “Pirata Zulmiro”, que nela teria deixado um tesouro escondido.
A emoção das grandes descobertas
O baú é aberto nas segundas-feiras e, antes do check in – atividade realizada logo no início do horário de aula e que envolve o exercício de se expressar e também ouvir o outro -, as crianças já falam sobre o que imaginam que vai sair do baú. “É sempre uma grande expectativa. Teve a vez que tirei do baú uma carta da Emília, a bonequinha do Sítio do Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato, que contava ter também um baú, uma ‘canastrinha’. Assim, as aulas ficam mais dinâmicas, proporcionam emoção e incluem a imaginação. Conversamos sobre o que tinha no baú e sobre o que descobrimos com o que tiramos do baú”, diz a professora.
Com o apoio da coordenadora do Ensino Fundamental I, a professora Kelly Cordeiro Munhoz Joaquim, Liz convidou outros professores e professoras para participar, de modo a integrar os conhecimentos e proporcionar elementos instigadores para a continuidade das pesquisas que começam com a abertura do baú. As aventuras reais e imaginárias que as revelações desse baú mágico trazem não param e a curiosidade das crianças envolvidas é cada vez maior. Afinal, aprender é sempre bom, mas com a emoção das grandes descobertas, fica ainda mais fácil e prazeroso estudar.
Novidade
A novidade para as próximas semanas é que uma criança assumirá, a cada semana, a tarefa de depositar no baú algo interessante que descobriu e apresentar isso à turma. “Vamos sortear um aluno ou aluna, que deve providenciar uma descoberta para ser posta no baú e retirada na aula. Quem for sorteado, deve manter segredo e somente na abertura do baú das descobertas se revelar. As crianças adoraram e a empolgação é grande”, revela Liz.