Parque Estadual de Vila Velha recebe Fundamental II

Parque Estadual de Vila Velha recebe Fundamental II

No sábado, 25 de junho, as turmas do Fundamental II foram ao Parque Estadual de Vila Velha, localizado próximo a Curitiba. O planejamento foi dos professores Kevin Pscheidt, de Geografia, e Sidinei José da Silva, de História, com o suporte e a participação da coordenadora do Fundamental II, Brunna Bassetti Britto e dos professores Leonardo Guadagnin e Rafael Oliveira da Silva, de Educação Física.

Visita ao Parque Estadual de Vila Velha: Uma atividade instrutiva e prazerosa

O objetivo foi conhecer e se encantar com o lugar e aprender sobre a origem das belezas naturais que os arenitos exibem a quem os visita. “Além disso, os alunos e alunas conheceram o bioma local e a importância da preservação ambiental”, explica Brunna. Segundo ela, a atividade foi muito rica, tanto no que diz respeito aos conteúdos como na vivência em grupo. “Vimos muita parceria e companheirismo, foi maravilhoso”.

Parque Estadual de Vila Velha

Teoria e prática relacionadas

Durante a aula em campo no Parque Estadual de Vila Velha, o professor Kevin ressaltou a importância das Unidades de Conservação para a preservação desses locais. Explicou como acontecem as erosões e mostrou como se dá o processo de intemperismo, falando sobre os processos físicos e químicos da desagregação e decomposição das rochas. “Pudemos compreender as paisagens e as transformações que ocorrem nelas. Vimos um pequeno fragmento de uma era geológica e o que ocorreu nesse período. Além disso, identificamos a fauna e flora local”.

Parque Estadual de Vila Velha

Há 340 milhões de anos, no período Carbonífero, este local era um grande lago glacial. Nos milhares de anos seguintes, o terreno elevou-se e as intempéries naturais, como o calor do sol, os ventos em conjunto com a vegetação e, principalmente, a ação da chuva, esculpiram essas grandes formações rochosas. Um convite para dar asas à imaginação para identificar as formas que a natureza desenhou por aqui.

Os arenitos são como grãos de areia compactados e endurecidos. O que ajudou nessa compactação e dá a coloração avermelhada é o Óxido de Ferro, presente na composição das rochas. O modelamento do Arenito Vila Velha, na forma de erosão atual, é algo muito recente. Ao longo dos 300 milhões de anos de existência destas rochas, aconteceram eventos geológicos que as soterraram sob outras sequências mais jovens.

Movimentos tectônicos terrestres, aliados à erosão, o colocaram novamente à superfície. Os processos de erosão que esculpiram o Arenito Vila Velha, principalmente o das águas pluviais, aconteceram no Período Quaternário, nos últimos 1,8 milhão de anos.

A característica marcante do arenito de Vila Velha é a presença do relevo em forma de ruínas, marcado pela rica associação de formas incluindo caneluras, cones de dissolução, topos pontiagudos, torres e pilares, que originam esculturas naturais singulares, das quais a Taça é a mais conhecida, hoje símbolo da região, em especial do Parque.

As formas dessas esculturas naturais derivam da ação das águas pluviais, da ação da energia solar, das mudanças e alterações de temperatura e atividade orgânica sobre as rochas. Esta ação erosiva desenvolve-se através de descontinuidades e de zonas de fraqueza naturais da rocha, tais como: fraturas e falhas, estruturas sedimentares, textura e cimentação diferenciadas, cuja interação permite a formação destes maravilhosos monumentos.

Parque Estadual de Vila Velha: O CameloO camelo. Parque Estadual de Vila Velha: A GarrafaA garrafa. Parque Estadual de Vila Velha: O ÍndioO índio. Parque Estadual de Vila Velha: O Anjo O anjo. A índia. Parque Estadual de Vila Velha: A BotaA bota. A maloca, ou aldeia. Parque Estadual de Vila Velha: O DinossauroO dinossauro. A mão. Parque Estadual de Vila Velha: A TaçaA taça. Trilha na mata. A Lagoa Dourada é uma Furna em processo terminal de erosão, com aproximadamente 11.170 anos de idade. Sua extensão é de 160m por 200m e sua profundidade varia entre 0,40m a 5,40m, fazendo também ligação com o rio Guabiroba.

Suas águas cristalinas também tem origem subterrânea do aquífero Furnas e formam um verdadeiro aquário natural. Esse local é responsável por abrigar espécies de peixes como o Curimbatá, Traíra, Tubarana, Bagre e Lambari. Em determinados horários do dia, conforme a incidência dos raios solares, sua superfície ganha um brilho dourado único. Por isso ganhou o nome de Lagoa Dourada.

As Furnas são grandes cavernas verticais ou poços de desabamento, formadas há mais de 400 milhões de anos em razão da combinação de vários fatores:movimentação de placas tectônicas, ação de águas pluviais acidificadas (águas de chuva com elevado teor de pH) e de matérias orgânicas, incluindo vegetação, além da ocorrência de falhas e fraturas no solo. Tudo isso junto fez desabar partes do teto rochoso do solo, formando essas grandes crateras circulares.

Texto: Luiz Geremias (com informações do Serviço Geológico do Paraná/MINEROPAR) Fotografia e edição: Gilson Camargo

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